quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Conexões ocultas

...
O que seria do som se não houvesse o silêncio... ?
O que seria da luz se não fosse a escuridão ?



O importante está no oculto, e não no visível. Só esta frase soa como loucura. É muito abstrata, não diz nada. E é isto que ela diz: Esta frase em sí só não vale nada. O valor está nas conexões ocultas, nas ideias próximas. Segundo Shakespeare, o importante não é o que você tem mas quem você tem. O importante não é a coisa, mas os relacionamentos da coisa. Continuemos a viajar sobre as conexões ocultas deste tema, que é justamente o que o torna importante: Partículas subatômicas são feitas de espaços vazios. Temos então, vários exemplos, aparentemente independentes. Relacionamentos, física quântica e filosofia. Quem dividiu as áreas? Antes físicos eram também filósofos que eram também artistas. As conexões ocultas não eram tão ocultas até o aparecimento do raciocínio cartesiano de Decartes. Na medicina existem especialistas, o que é ótimo. Mas qual é a especialidade que diz respeito à conexões entre as especialidades ? Quem entende da inter-relação entre as áreas ? É como se dividíssemos o corpo humano com uma serra elétrica e cada especialista cuidasse de sua parte. Será que 1 + 1 = 2 ? Só agora a ciência holística ousa tratar a pessoa como um todo, levando em consideração a interconexão entre as partes. A parte sólida do átomo está para a mente como os espaços vazios estão para a alma.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A evolução dos computadores e a evolução da mente

Antes, éramos apenas instinto. Hoje, temos consciência, histórico e passado. A evolução dos computadores é a mesma. Antes, apenas placas que sempre faziam a mesma coisa. Se fosse necessário um novo recurso, o chip não serviria, não aceitava mudança, não permitia variação. Com o nascimento da consciência as variações extrapolam altos, baixos, gordos e magros.

O DNA codifica um mar de informações. Se lido de traz para frente, uma nova informação pode ser interpretada. A forma de ler uma mesma sequência gera infinitas informações. E este algoritmo que sabe traduzir o que está escrito nas letrinhas muda com o tempo, é lapidado pela seleção natural.

Descobrir qual trecho codifica cada proteína é a informação mais óbvia, mais direta, pois é lida sequencialmente. Porém o mesmo trecho de DNA codifica outras informações utilizando outros algoritmos de leitura. É como se num computador existisse apenas um pequeno arquivo, e dele fosse possível extrair todos os outros. A mágica da compressão está na seleção natural. É como se existisse um arquivo de 100k com todas as informações necessárias, e um descompactador de muitos terabytes para traduzir aquele trecho em quase infinitos resultados. A mágica deste tradutor, que descobre tudo a partir de um pequeno trecho, está no tempo. E este está em constante atualização. Cada pessoa que nasce é uma nova versão. O seu tradutor é completamente novo. Ou seja, interpreta novas informações a partir do mesmo DNA.

O DNA é um mar de informações que produz a biologia do corpo.

O inconsciente é um mar de informações que produz a vida.

O DNA como o hardware, pode até ser atualizado, mas precisa de um novo organismo. Precisa de um novo corpo para habitar. Por isto, suas atualizações são menos frequentes e mais cautelosas.

O inconsciente como o software, é menos palpável, menos físico. Não é o comportamento, mas o que o impulsiona.

Enfim parece que os homens tentam repetir a natureza, pelo menos inconscientemente.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Trânsito privado inteligente

Oferecer e receber “carona” para um determinado trajeto. O trânsito pode ser melhorado se menos carros trafegarem nas vias. Isto é possível se grupos de amigos (ou amigos de amigos) compartilharem as vagas nos carros para trajetos específicos. Basta que o motorista, antes de dirigir, informe para o sistema seu destino. Pessoas no meio do caminho podem se beneficiar da carona sendo notificadas para pular dentro do carro em determinado instante. O sistema deve levar em consideração a segurança, pois não é desejável oferecer carona a qualquer um. Uma ideia é classificar as pessoas de acordo com a proximidade pelos relacionamentos em redes sociais. Um sistema de pontuação pode existir para motivar que pessoas ofereçam caronas em seus automóveis, e assim ganhem prioridade quando estiverem precisando. O mesmo esquema pode ser útil para entregas de correspondências. Uma encomenda pode trafegar por vários veículos até atingir seu destino.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A forma de viver frente aos temas da vida

A nossa vida é composta por temas. Profissional, pessoal, cozinha, amigos, família. Férias, relacionamento, namoro, amizade, viagens, estudo, a forma de presentear alguém, a forma de abraçar, a forma de fazer amor, a forma do próximo bolo de aniversário. Desde o momento que acordamos até dormir, viajamos por alguns temas. Seja conversando, pensando ou planejando nosso futuro. E podemos fazer todas essas coisas em uma forma ou outra. Podemos ser competentes Ou desleixados. Podemos empolgar ou ser monótonos. Podemos chutar o balde e esperar o tempo passar. Existem duas formas de preparar um prato de comida. Podemos simplesmente fazer e comer, como se mata um sanduba para matar a fome. Mas podemos preparar um jantar, climatizar o ambiente, preparar a luz-de-velas, brincar de projetar a experiência e a conquista. No namoro não é diferente.
Existem duas "formas" de namorar. Uma, a mais "pratica", é beijar alguém (ou ser beijado), e fazer amor. É como comer o sanduíche. Pronto! Estamos namorando (ou casando), para ter filhos e viver o resto da vida juntos, para que alguém me traga o penico (ou a comadre). Outra forma, como o jantar, pode ser experimentada sem pressa de dar certo. Vale a experimentação. Como saber o melhor tempero se nunca preparamos um prato antes ? uns experimentos nos dão ideias para outras. Se eu fizer assim, vai ficar muito bom. E nos nossos relacionamentos, a mesma forma vale. Sinto pena dos relacionamentos bem resolvidos. Sem mistérios, e muitas vezes desejados. O caldo que envolve um namoro é mais especular que o beijo ou o sexo. É aquele molho que envolve o prato principal. Está em segundo plano, quase invisível, é difícil dizer quais ingredientes ou a ordem da receita, mas faz toda a diferença. Tem um tom de mistério. Uma dúvida se ela (ou ele) gosta de mim. Uma incógnita indesvendável e deliciosamente preparada ou experimentada. Como assistir plenamente alguma forma da natureza que nunca paramentos para perceber sua beleza. E quando isto acontece, já somos outro. Sem saber. O nosso eu antigo morreu. Renascemos como a borboleta sai do casulo. É outra forma, mais leve, mais natural e divina. Ser simples é muito custoso, mas belo. E isto reflete não só no sexo, mas na família, nas férias, nos amigos, nos estudos. Quando a nossa forma muda, mudamos a forma de fazer as coisas, e a forma como somos percebidos. Meu sonho enfim virou realidade (por enquanto. =).